domingo, 1 de fevereiro de 2015

Jejum de Daniel dia 04 - CARTA À IGREJA DE ESMIRNA


“Ao anjo da igreja primeiro e o último, que esteve morto e tornou a viver; Conheço a tua tribulação, a tua pobreza, mas tu és rico, e a blasfêmia dos que a si mesmos se declaram judeus, e não são, sendo antes sinagoga de Satanás. Não temas as cousas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. O vencedor, de nenhum modo sofrerá dano da segunda morte” (Apocalipse 2:8-11).

 A igreja de Esmirna é caracterizada por tribulação, pobreza e blasfêmia por parte daqueles que se diziam judeus, mas na verdade faziam parte da sinagoga de Satanás. Se os anjos das sete igrejas eram realmente homens imbuídos de autoridade espiritual, como muitos têm acreditado ser, então o anjo da igreja de Esmirna era um bispo designado pelo apóstolo João, cujo nome era Policarpo. Ele foi preso na perseguição movida pelo imperador e levado à presença do governador. Ofereceram-lhe a liberdade, se amaldiçoasse ao Senhor Jesus. Ele porém respondeu: “Oitenta e seis anos faz que sirvo a Cristo, e Ele só me tem feito bem. Como poderia eu, agora, amaldiçoá-Lo, sendo Ele o meu Salvador?” Como resultado, foi queimado vivo. Interessante é que esta mesma história se repetiu, várias vezes, através dos séculos, não mais por parte de imperadores, mas por parte da Igreja Católica, pois todas as vezes que o cristianismo protestante avançava na Europa, surgia logo um plano diabólico dos jesuítas para tentar impedi-lo pela força, violência e crueldade. Foi assim que se deu a Inquisição na Espanha, nos séculos XVI e XVII, o massacre da noite de “São Bartolomeu”, na França, em 1572, na Boêmia, em 1600, na Áustria, na Hungria, Polônia, Inglaterra, etc. A História registra que durante todas as perseguições católicas dos dominicanos e em seguida da inteligência jesuíta, cerca de 68 milhões de cristãos foram martirizados no fogo. Dez vezes mais do que os judeus na Segunda Guerra Mundial! Todos esses cristãos poderiam ter salvos suas peles se tão somente negassem a fé no Senhor Jesus Cristo e se submetessem à autoridade do Papa. Os sofrimentos podem mostrar o grau de espiritualidade reinante na igreja de Esmirna ou nas igrejas que, como ela, ao longo da História, vêm gemendo com implacáveis perseguições, tanto políticas quanto religiosas. Por isso, na carta a ela endereçada, o Senhor Jesus mostra conhecimento da sua tribulação. Muitas vezes também somos levados a circunstâncias tão difíceis, que chegamos a pensar que o nosso Senhor nos abandonou. Por outro lado, também sabemos que nada  neste mundo passa despercebido diante dos Seus olhos. A pergunta então é: Por que Deus permite que passemos por tantas tribulações, tantas dificuldades, tantos sofrimentos? Por que Ele não passa o cálice de sofrimento e dor de cada um de  nós? O próprio Espírito Santo responde através do apóstolo Paulo, dizendo: “...também nos gloriemos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança;  e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança” (Romanos 5:3-4). É óbvio que Deus permite que todos que realmente são dEle passem por dificuldades para seu próprio benefício! Do contrário, Ele jamais o permitiria! Na mesma  carta aos cristãos romanos, o apóstolo diz: “Sabemos que todas as cousas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Romanos 8:28). Em II Coríntios 4:17 “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação”.

Bispo Macedo


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